Os trabalhos no campo foram retomados entre 24 e 28 de agosto em todas as regiões acompanhadas pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), uma unidade da USP (Universidade de São Paulo), devido ao clima favorável. No entanto, a oferta de mandioca para as indústrias de fécula e de farinha ficou abaixo das expectativas, o que limitou a queda nas cotações. Isso porque há um número bastante reduzido de lavouras de raízes com mais de 1 ciclo e meio para serem colhidas, ao mesmo tempo em que parte dos agricultores voltou a priorizar o plantio, que está em fase final. Vale destacar, ainda, que o rendimento de amido mais baixo também é determinante para a comercialização.
De acordo com pesquisas do CEPEA, a baixa oferta pode continuar em setembro e meados de outubro, pelo fato de as lavouras podadas ainda não estarem disponíveis. Assim, o rendimento de amido, que sazonalmente tem quedas expressivas a partir da primavera, também será determinante para a tomada de decisão de colheita.
Quanto à demanda industrial, mais enfraquecida em outros períodos, deve se intensificar, especialmente no início do último trimestre, devido à maior procura pela fécula, seja para a reposição de estoques ou mesmo para atender aos contratos de entrega de final de ano. (Fonte: CEPEA)