O avanço de algumas culturas, como soja, milho e pecuária, com uma remuneração melhor, tem desestimulado o plantio da mandioca e o setor dá como certa a redução da área a ser plantada este ano. Muitos produtores farão opção por outras culturas. No Paraná, segundo maior produtor de mandioca do país e maior produtor brasileiro de fécula de mandioca, as estimativas são de uma redução de área plantada em torno de 30%.
Pela relevância do assunto no momento, ele será um dos temas a ser debatido na próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados, a ser realizada por videoconferência na próxima terça-feira, dia 11, entre às 14 e 16 horas.
O tema, “As perspectivas de áreas plantadas de mandioca em 2021 no Centro Sul do País”, será discorrido pelo pesquisador Marco Antônio Sedrez Rangel, da Embrapa, e pelo agroindustrial Ivo Pierin Júnior, representante da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) junto à Câmara.
Segundo o presidente da Câmara, Oswaldo Zanqueta, a pauta do próximo encontro está repleta de assuntos importantes. Dentre eles, destaca a apresentação do cenário agrícola brasileiro, por Helinton Rocha, do Ministério da Agricultura; a realização do Congresso Brasileiro de Mandioca pelo presidente da SBM (Sociedade Brasileira de Mandioca), Marcos Roberto da Silva; a apresentação de dados da conjuntura de mercado da Cadeia da Mandioca, pelo economista Fábio Isaías Felipe, do CEPEA; a nova planilha de custos de produção da mandioca, pelo pesquisador Lucílio Alves, da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP); e a apresentação do projeto “Yield Gap na Cultura de Mandioca”, pelo professor Nereu Augusto Streck, da UFSM.
Segundo Zanqueta, o encontro deverá ser muito produtivo, pois além da importância dos temas, eles serão tratados por especialistas. “Nosso setor tem que avançar tecnologicamente, se modernizar, buscar alternativas de crescimento. E este debate reunindo toda a cadeia contribui muito para isso”, diz ele.