A mudança de tempo é um alívio para os produtores de mandioca do centro-oeste de São Paulo. Foram meses de espera pela chuva, mas a estiagem intensa deixou estragos irreversíveis no mandiocal. Sem umidade, a raiz da planta não se desenvolveu como deveria.
A área de uma propriedade foi plantada há um ano e quatro meses. Porém, a estiagem tem prejudicado o desenvolvimento da mandioca. Parte da plantação deveria ter sido feita em maio, mas isso só acontece agora. O atraso foi necessário porque a terra estava muito seca.
Em uma plantação localizada em Echaporã (SP), o tamanho dos pés pode até dar a falsa impressão de que está tudo bem, mas não é o que vem acontecendo. A produtividade por pé, que era de quatro quilos e meio em média, agora fica em torno de um quilo e seiscentos gramas.
Na propriedade do produtor Nelson José Guieiro, a colheita está sendo feita com três meses de atraso. Para tirar a mandioca, é preciso que a terra esteja fofa, molhada. Dessa forma, assim que veio a primeira chuva, ele não perdeu tempo.
O agricultor revela que o tamanho da raiz está bom, mas conta que foi melhor esperar este tempo a mais. Além do atraso na colheita, o plantio de uma nova roça também foi prejudicado.
No ano passado, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), nas regiões de Assis e Marília (SP), a área plantada de mandioca para indústria ultrapassou os 15 mil hectares, tendo uma produção recorde de mais de 500 mil toneladas, números que não vão se repetir dessa vez por conta do clima.
Se na roça a situação está complicada, o reflexo disso acaba aparecendo também na indústria. No município de Garça (SP), uma fábrica atua na produção de farinha. Por lá, são produzidas 450 toneladas por mês. (Do Portal G1)
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