A oferta de mandioca para a indústria segue reduzida, devido às baixas disponibilidade de lavouras de mandioca mais velha (com mais de um ciclo), produtividade e rendimento de amido das lavouras mais novas, o que inviabiliza a comercialização. Além disso, com a elevação quase que diária dos preços, “o produtor não vai colher, vai ficar à espera de novos preços. Ou seja, enquanto os preços não se estabilizarem, a oferta não vai normalizar”, segundo disseram os associados do Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP), em reunião na última sexta-feira.
Os pesquisadores do CEPEA apontam também que na semana passada boa parte dos mandiocultores esteve retraída nos últimos dias, devido ao feriado do dia 2 (Dia de Finados).
Quanto à procura, com a melhor dinâmica na negociação dos derivados, a demanda pela matéria-prima esteve maior, elevando a disputa entre agentes de diferentes regiões.
Assim, os preços subiram em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea na última semana. Entre 1º e 5 de novembro, a média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia subiu 7,6% frente à da semana anterior, para R$ 617,78 (R$ 1,0744 por grama de amido).
Por outro lado, o agroindustrial Eduardo Pasquini lembrou que a escassez de oferta nesta época do ano é normal. Mas este ano se agravou por causa das secas, geadas e temporais, o que contribui para a pressão dos produtores sobre o preço.
Estas mesmas condições adversas prejudica o rendimento da raiz. Como hoje a indústria compra o amido (o preço é com base no rendimento do amido), se comparados aos valores da tonelada da raiz em relação ao ano passado, os valores, embora altos, não estão tão fora do padrão para a época. (Fonte: CEPEA e SIMP)