O Chefe-Geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Francisco Ferraz Laranjeira Barbosa, estará presente na próxima reunião da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), que será realizada nesta quinta-feira, dia 1º de dezembro, a partir das 18 horas, no Hotel Deville, em Maringá. Ele vai falar sobre “Pesquisa e Inovação para a Mandiocultura Brasileira”.
Será a primeira vez que Laranjeira participará da reunião da ABAM desde que assumiu a chefia da unidade de pesquisa em mandioca da Embrapa, 1º de julho. Deverá acompanhá-lo o agrônomo Eduardo Chumbinho de Andrade, que é paranaense de Londrina e é o novo chefe de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação da unidade, cargo que era ocupado até então pelo próprio Laranjeira, o chefe-adjunto de Administração, Pedro Canna Brazil Ramos e mais três pesquisadores.
A Embrapa Mandioca e Fruticultura começou a receber em 2020 recursos financeiros para investimentos em pesquisa para a cadeia produtiva da mandioca do centro sul do país. Os recursos devem ser investidos prioritariamente na região de Paranavaí, Noroeste do Paraná, a maior produtora de mandioca do país para fins industriais e onde está concentrada as principais processadoras do Brasil. O Paraná é responsável por 70% da produção nacional de fécula.
Estes recursos, que até 2023 deve somar R$ 2,1 milhões estão sendo canalizados para a unidade de pesquisa através de emendas parlamentares, apresentadas e articuladas pelo deputado Filipe Barros, da bancada paranaense. Nunca antes o setor havia recebidos recursos através de emenda ao Orçamento da União.
EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA – Localizada em Cruz das Almas (BA), a Embrapa Mandioca e Fruticultura executa e coordena pesquisas que aumentem a produção e a produtividade, melhorem a qualidade dos produtos, reduzam os custos de produção e que viabilizem o aproveitamento de áreas ainda subutilizadas para mandioca, citros, banana, abacaxi, manga, mamão, maracujá e acerola.
A unidade conta com 178 colaboradores, sendo 65 pesquisadores, com ampla experiência desde recursos genéticos à socioeconomia, passando por melhoramento genético, fitotecnia, fitossanidade, nutrição vegetal, irrigação, fisiologia vegetal e manejo pós-colheita. Na área de suporte à pesquisa, em laboratórios, campo experimental e setores administrativos, há 45 analistas com formação universitária, diversos com pós-graduação, 29 técnicos e 39 assistentes.
A cadeia produtiva de mandioca tem passado por grandes transformações. Em muitas regiões, passou de tradicional cultura de subsistência para o status de cultura do pequeno ao grande agronegócio, com a oferta de extensa gama de produtos derivados e de significativo valor agregado. A farinha ainda é fundamental, mas a fécula da mandioca passou a ser o produto âncora de muitos empreendimentos, sobretudo no Centro-Sul. Para atender a essa demanda, a Unidade já lançou duas variedades de mandioca para a indústria, com alto rendimento de amido, a BRS CS01 e a BRS 420.