Levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) mostra que, em 2022, o critério que mais pesou para as fecularias na hora de comprar a raiz de mandioca foi a qualidade da matéria-prima. O preço foi o terceiro principal critério.
A informação foi divulgada na última reunião ordinária da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) pelo economista Fabio Isaias Felipe, pesquisador do CEPEA, uma instituição ligada à Universidade de São Paulo (USP), através da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq). O levantamento foi contratado pela ABAM. Felipe apresentou os números da indústria brasileira de fécula – caracterização, desempenho e resultados em 2022.
De acordo com o estudo, o segundo principal critério usados pelas indústrias no ano passado para escolher o fornecedor de matéria-prima foi a regularidade no fornecimento. Depois veio preço, variedade, proximidade da fecularia e, por fim, o pacote tecnológico do produtor.
FORMAS DE AQUISIÇÃO – Outra informação do levantamento é que, ano passado, as indústrias voltaram a comprar mais matéria-prima de terceiros, sem contrato, em relação a 2021. De acordo com o estudo, 51,09% das aquisições foram de terceiros, contra 27,78% do ano anterior.
Para ampliar a aquisição de terceiros, as fecularias reduziram as compras em áreas de sócios, reduziu parcerias e a busca de matéria-prima em áreas da empresa. Em 2021 foi o pior índice dos últimos anos na compra de terceiros pelas indústrias.