A rodada de negócios promovido pela Associação Brasileita de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) e a Clean Environment Brasil, com o apoio da Associação Brasileira de Biogás e Biometano, atingiu seus objetivos. “Era um projeto piloto para aproximar as empresas que fabricam e comercializam produtos para a produção, análise, avaliação e segurança do biogás e as fecularias e as farinheiras. O primeiro passo foi bem promissor”, avaliou o diretor das ABAM, Ivo Pierin Júnior, que representou a entidade na abertura da rodada.
O consultor da Clean, Gabriel Prado, também aprovou a experiência. “Tínhamos que começar por algum lugar. A gente pede desculpas se não conseguimos agradar a todas as empresas do setor. Mas o objetivo maior foi mostrar o que estamos produzindo e depois iniciar os contatos comerciais”, disse ele.
O evento aconteceu no Recinto Bella Thoronyi, no Parque Costa e Silva, e fez parte da programação técnica da 49ª Exposição Feira agropecuária e Industrial de Paranavaí (ExpoParanavaí 2020), promovido pela Sociedade Rural do Noroeste do Paraná.
As fecularias tem um grande potencial energético com o aproveitamento dos dejetos produzidos com o processamento da mandioca. Atualmente, no entanto, o aproveitamento é bem primário, usando esta energia apenas para a produção de calor, que é usada na secagem de polvilho. Além da térmica, esta energia para ser convertida para elétrica e veicular, que têm mais valor e sem deixar de usar o calor. “Nós jogávamos dinheiro fora com as duas mãos. Quando começamos a queimar o gás metano, passamos a jogar dinheiro só com uma mão. Mas ainda estamos jogando muito dinheiro fora”, compara Pierin.
A rodada de negócios reuniu 12 empresas processadoras de mandioca (fecularias e farinheiras) e nove empresas ligadas ao Biogás. A expectativas é que outras rodadas como a desta quinta-feira sejam realizadas ao longo do ano.