Na última sexta (dia 12), a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comemorou seus 45 anos de atividades numa cerimônia transmitida no canal corporativo no YouTube conduzida pelo chefe-geral Alberto Duarte Vilarinhos e com a participação, também ao vivo, do presidente da Embrapa Celso Moretti.
Neste período, a fruticultura brasileira se expandiu por todo o país, que se tornou o terceiro maior produtor mundial de frutas. Dezenas de polos de produção frutícola surgiram, até mesmo no semiárido nordestino, que vem se sobressaindo pela exportação de frutas frescas de excelente qualidade. Entre outras tecnologias, variedades de citros e de banana geradas, adaptadas e recomendadas pela Unidade têm desempenhado papel de destaque.
A cadeia produtiva de mandioca, alimento básico de grande parte da população brasileira, tem passado por grandes transformações e, em muitas regiões, passou de tradicional cultura de subsistência para o status de agronegócio, com a oferta de extensa gama de produtos derivados e de significativo valor agregado. A farinha ainda é fundamental, mas a fécula passou a ser o produto âncora de muitos empreendimentos. Alianças estratégicas com a iniciativa privada e organizações de produtores têm contribuído para o aprimoramento da cadeia produtiva em várias regiões, com impactos positivos para a qualidade de vida de milhares de produtores.
DESAFIOS – Única Unidade da Embrapa na Bahia, a Embrapa Mandioca e Fruticultura trabalha de forma transversal para atender às novas demandas da sociedade, estabelecendo novos e inovadores sistemas de produção, como a produção orgânica, o desenvolvimento de sistemas agroflorestais, a ampliação dessa visão para a agroecologia e o estabelecimento de trabalhos para definir o balanço de carbono. Diante desses desafios e da sua missão bastante abrangente, a Empresa tem investido na ampliação e melhor qualificação das parcerias institucionais, nacionais e internacionais, inclusive com a implantação e o fortalecimento de campos avançados em regiões estratégicas do País. A prospecção contínua de demandas tecnológicas e escolha de prioridades, a validação de resultados e sua conversão em inovações e a avaliação da adoção e dos impactos das tecnologias têm recebido atenção especial nos últimos anos.
HISTÓRIA – A Embrapa Mandioca e Fruticultura surgiu a partir do Instituto Agronômico do Leste (IAL), construído na década de 1950, posteriormente Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária do Leste (Ipeal), vinculado ao governo federal, cuja missão era desenvolver tecnologias para a agricultura regional. Destacava-se, na época, o trabalho com a citricultura. A Unidade foi instituída oficialmente em 13 de junho de 1975 com o objetivo de executar e coordenar pesquisas para o aumento da produção e da produtividade, a melhoria da qualidade dos produtos, a redução dos custos de produção e a viabilização do aproveitamento de áreas subutilizadas para mandioca e fruteiras tropicais. Passou, assim, a ter uma missão focada em culturas (atualmente mandioca, citros, abacaxi, banana, mamão e maracujá) e com abrangência nacional.
Ocupa uma área de 260 hectares no município de Cruz das Almas (Recôncavo da Bahia) e dispõe de moderna infraestrutura que inclui 16 laboratórios, casas de vegetação, estufas, telados, biblioteca, centro de treinamento de mandioca e campos experimentais com nove coleções de espécies e variedades de mandioca e fruteiras, compostas por mais de quatro mil acessos. Conta com 183 empregados, sendo 65 pesquisadores. Na área de suporte à pesquisa, são 45 analistas, com formação universitária, alguns com pós-graduação, 30 técnicos e 43 assistentes em laboratórios, campo experimental e setores administrativos. (Do Portal Notícias Agrícolas)