Diretores e associados da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) têm a expectativa de que haverá, neste ano, um aumento nas áreas com lavouras de mandioca nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A constatação foi feita na manhã desta sexta-feira (26), durante reunião ordinária da entidade. O encontro foi por videoconferência.
Ao fazerem uma análise da situação, os agroindustriais informaram que em suas respectivas regiões há uma tendência de aumento da área de plantio. Contribuem para isso o fato de a cultura estar remunerando bem os produtores e a frustração com a última safra de soja, que teve a maior parte das lavouras prejudicada por conta da longa estiagem no Paraná, segundo maior produtor de mandioca do país, mas o primeiro na produção para fins industriais. Como a mandioca é mais resistente aos fenômenos climáticos, muitos estão fazendo a opção por esta cultura, outros voltando à atividade.
Se houver a confirmação, o impacto com a ampliação da área de plantio será sentido entre maio do ano que vem até 2024, quando as lavouras que estão sendo plantadas agora completarão os dois ciclos.
De acordo com os agroindustriais, no campo está praticamente acabando a colheita da mandioca de dois ciclos. Muitos já concluíram e retomaram o trabalho do plantio. As chuvas da semana anterior prejudicaram tanto o trabalho de plantio como de colheita, quando as indústrias baixaram significativamente o esmagamento por falta de raiz. Esta semana, a oferta voltou à normalidade, embora algumas indústrias ainda estejam com sua capacidade instalada ociosa.