“A partir de hoje o nosso setor passa a ser um novo setor”. Assim o presidente da Associação Brasileiras de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), Valter de Moura Carloto, comemorou a aprovação, por unanimidade, da criação do Fundo de Desenvolvimento da Mandioca do Centro Sul – Brasil (FDM CSBR). A aprovação aconteceu durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada especialmente para esta finalidade.
Com a aprovação na ABAM, o Fundo fica agora oficialmente criado, pois, pela proposta apresentada por Carloto, ele será gerido pela ABAM e o Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP), que já havia realizada sua AGE e, também por unanimidade, aprovado a sua criação.
Vários associados se manifestaram durante a assembleia, no sentido da importância do Fundo para o desenvolvimento do setor. “Depois de tantos anos de debate, finalmente vamos ter um fundo para financiar as pesquisas”, disse o vice-presidente João Eduardo Pasquini. “É um grande avanço. A criação do Fundo vai ser um divisor de águas. O nosso setor vai ficar cada vez mais forte”, concordou o diretor Roland Schurt.
Para Ivan Klaus, o Fundo será importante porque vai garantir investimento em novas tecnologias, o desenvolvimento de novas variedades e, principalmente, o desenvolvimento de uma colhedeira de mandioca.
Sigmar Herpich, do Conselho Técnico Econômico da ABAM, disse, sobre o assunto, que “não tem o que discutir. Temos que aprovar”. Acrescentou que a criação de um Fundo até demorou, “mas nunca é tarde para começar”. Defendeu uma contribuição maior por parte dos associados. A proposta aprovada é de 0,025% do valor pago pelo preço da tonelada. Roland explicou que o valor mais baixo foi para atrair mais adesões ao fundo, mas que, paulatinamente, ano a ano, haverá uma readequação na forma de contribuição.
Rogério Carraro apontou que o Fundo será importante principalmente para financiar o desenvolvimento de uma colhedeira. “Temos problema de mão de obra. Não tem gente para plantar e para colher. Está cada vez mais difícil”, disse ele. Grazielli Mendes, do Mato Grosso do Sul, fez coro aos associados destacando a importância do FDM e se comprometeu a tentar atrair mais indústrias para se juntar à ABAM e ao fundo.
Convidado da reunião, o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca e Derivados, Osvaldo Zanqueta, disse que a ABAM e o SIMP, com a criação do Fundo, estão dando “um grande passo para o desenvolvimento de toda a nossa cadeia” e que o FDM “vem em boa hora, quando temos muitas demandas”.
Citou, ainda, que o Fundo vai fortalecer o setor e que pretende levar o assunto para a Câmara Setorial, para que outras regiões possam seguir o exemplo da ABAM. Convidou o presidente Carloto, e o presidente do SIMP, Guido Bankhardt, a participarem do próximo encontro, no fim de agosto, para apresentar como foi criado e como será ferido o Fundo. E enfatizou que, graças a credibilidade do setor, o Fundo vai firmar parcerias e atrair mais recursos para a Cadeia produtiva.