A diretoria executiva da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) encaminhou comunicado aos associados nesta terça-feira, dia 19, convidando-os a refletir sobre a necessidade do setor se manter unido para que a cadeia produtiva continue seu processo de evolução. Nesta data, a ABAM está comemorando seu 29º aniversário de fundação.
“É certo que nas últimas três décadas nosso setor avançou significativamente. Mas é igualmente certo que ainda temos muito a avançar em toda a cadeia produtiva. Mais do que isso: o setor precisa deixar a marginalidade de vez e ocupar seu lugar de destaque no cenário nacional. Não dá para negar que, apesar dos avanços, ainda sofremos alguma discriminação e somos pouco valorizados”, diz o documento distribuídos aos agroindustriais.
A ABAM está com suas reuniões suspensas desde que a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19, chegou ao Brasil. E as informações de mercado estão sendo trocadas pela internet. A entidade diz que a suspensão é para proteger os associados e evitar aglomerações, conforme orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
MAIS AÇÃO – O documento assinala que a desvalorização do setor “ainda é em decorrência da forma arcaica como a cadeia se comportou durante muitos anos, quando se acreditava que a mandioca era basicamente destinada à produção de farinha ou para servir in natura na mesa do brasileiro. Hoje, esse quadro mudou. O amido de mandioca, como todos sabem, está presente nas mais variadas atividades, seja ela de alimentação, química fina ou na produção de petróleo e outras”.
Mas o documento ressalta que não é da índole da categoria reclamar por reclamar e sugere ação. “Temos que mostrar às autoridades, empresários e a população, o quanto o setor amadureceu e mudou. Temos uma unidade exclusiva de pesquisa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e somos acompanhados e assessorados pelo não menos renomado CEPEA, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. que é parte do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP)”.
A Executiva da ABAM reconhece, no entanto, que é preciso avançar mais e superar os grandes desafios da cadeia produtiva e aponta os dois principais gargalos do setor na atualidade: a falta de uma colheitadeira mecânica eficiente e a limitação na distribuição de ramas de alta qualidade, livres do doenças e pragas, e adaptadas a cada região produtora.
Por fim, a Associação pede a união dos associados para fortalecer a entidade, para que “possa ter as condições necessárias para articular as forças a fim de vencer estes desafios”. Solicita que cada um procure atrair para a ABAM os agroindustriais do setor que ainda não pertencem ao quadro associativo, para que as “metas e objetivos sejam alcançados. Oxalá, daqui 30 anos, tenhamos muito mais o que comemorar do que na presente data”.