A primeira diretoria do Fundo de Desenvolvimento da Mandioca para o Centro Sul do Brasil (FDM CS Brasil) será eleita e empossada nesta sexta-feira, dia 19. A eleição e posse vão acontecer durante reunião conjunta por videoconferência da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) e Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP), que criaram o FDM, a partir das 9 horas
Na verdade, será uma Assembleia das duas entidades para finalizar o processo de criação de uma terceira, que terá personalidade jurídica e diretoria próprias. Será eleita a diretoria executiva com presidente, vice, secretário e tesoureiro. E, ainda, o conselho deliberativo, com dois titulares e dois suplentes, o conselho fiscal, com três titulares e três suplentes e o conselho técnico científico com, no mínimo, cinco membros.
A criação do FDM era uma antiga aspiração do setor e tem como principal objetivo financiar pesquisa de interesse da cadeia produtiva da mandioca. É consenso entre os industriais que a prioridade imediata será investir no desenvolvimento de uma colhedeira de mandioca. O processo ainda é semimecanizado. A colheita representa mais ou menos um terço dos custos de produção. Reduzir este custo pode significar uma matéria-prima mais barata sem diminuir os ganhos do produtor. Ao contrário, ele pode oferecer uma raiz mais barata e ainda ter um lucro maior, com o menor custo de produção.
A contribuição ao Fundo será com base na mandioca adquirida pelas indústrias. Cada empresa vai contribui com 0,025% do valor pago ao produtor. Num preço de R$ 500,00 a tonelada de raiz, por exemplo, será recolhido R$ 0,12 por cada mil quilos. “É um valor bastante baixo. Todos vão contribuir”, diz o presidente da ABAM, Valter de Moura Carloto. Já no primeiro ano, a estimativa é de que o fundo arrecade cerca de R$ 300 mil.
Este valor é praticamente suficiente, por exemplo, para atender a demanda do Grupo de Trabalho (GT), que foi criado para fazer o projeto de uma colhedeira de mandioca. O GT reúne especialistas de mecanização agrícola de instituições de pesquisa e ensino, além de representantes do setor. Foi criado no âmbito da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados, que funciona junto ao Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (MAPA).
DEPUTADO – Também nesta sexta-feira, às 18 horas, está prevista a visita do deputado Filipe Barros à sede da ABAM e SIMP, para um encontro com associados. As instituições funcionam no mesmo endereço. Na ocasião, o parlamentar deve fazer uma prestação de contas sobre o trabalho que vem realizando pelo setor e, ao mesmo tempo, ouvir a reivindicação das indústrias de mandioca. O chefe da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Alberto Duarte Vilarinhos, de Cruz das Almas (BA) participará do encontro.
Filipe Barros já destinou R$ 400 mil este ano para a Embrapa investir em pesquisa da mandioca no Centro Sul do Brasil, com prioridade à região de Paranavaí, a maior produtora da raiz para fins industriais. E assumiu compromisso de destinar outros R$ 1,2 milhão para a mesma finalidade, sendo R$ 500 mil num ano e R$ 700 mil noutro.