Será realizada nesta sexta-feira, dia 26, mais uma reunião conjunta da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) e Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP). O encontro terá início às 9h30 horas e será realizado por videoconferência.
Além de tratar de mercado e assuntos gerais, os diretores e associados das duas entidades ainda darão continuidade à discussão sobre a criação de um fundo de desenvolvimento da mandioca, com ênfase ao financiamento de pesquisas para o setor, como a produção de máquinas e equipamentos e variedades mais resistentes a pragas e doenças, com maior produção de amido e mais adaptada à indústria.
Segundo o presidente da ABAM, Valter de Moura Carloto, atualmente, um dos principais gargalos do setor é a colheita manual da raiz. Desenvolver uma colhedeira 100% mecânica é a principal prioridade do segmento. Por conta disso, ano passado a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados constituiu um Grupo de Trabalho (GT) para reunir as principais iniciativas e apresentar um projeto viável de uma colheitadeira.
Em janeiro deste ano, quando começou a discutir o financiamento deste trabalho, o industrial Ivo Pierin Júnior, diretor da ABAM e do SIMP, sugeriu a criação de um fundo para financiar as pesquisas do setor. Lembrou que as atividades agrícolas que mais cresceram nos últimos anos, como soja, trigo e milho adotam esta prática. E acrescentou que o Centro Tecnológico de Mandioca (CETEM) já possui este fundo, que vem financiando atividades importantes para a cadeia produtiva.
Na última reunião, mês passado, Claodemir Grolli, diretor do CETEM, apresentou o funcionamento do Fundeman (Fundo de Desenvolvimento da Mandioca), que funciona junto ao Centro. Ele é baseado na comercialização de produtos. Na comercialização da raiz, 0,1% é destinado ao fundo, sendo que 0,05% por parte do produtor e 0,05% da indústria. O modelo teve boa receptividade, mas geraram algumas dúvidas, que deverão ser dirimidas na reunião desta sexta.