Os produtores de mandioca do Paraná finalmente dispõem de condições climáticas favoráveis para retomar as colheitas. Com isso, a oferta de matéria-prima paranaense para as indústrias cresce, e elas podem reduzir a dependência de outros estados. Esse é um dos temas do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 17 de março. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
As primeiras estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam uma área de 1.240.000 hectares e produção de 18 milhões de toneladas de mandioca no Brasil. No Paraná, segundo produtor da raiz, atrás apenas do Pará, estima-se que a safra 2021/22 terá 131 mil hectares, com produção de 2.850.000 toneladas.
Ainda que seja o segundo em produção, o Paraná é o primeiro produtor de fécula, com várias indústrias instaladas no território. A busca de mandioca em regiões mais distantes já faz parte do planejamento do parque industrial nos últimos anos, o que se reduz agora com a retomada da colheita. Mas a previsão é de safra menor e as indústrias devem novamente se socorrer em estados vizinhos.
Os preços continuam em alta. Na última semana, a mandioca na indústria custava, em média, R$ 650,00 a tonelada. A fécula foi comercializada por R$ 99,00 a saca de 25 quilos, o que representou aumento de 3% em relação à semana imediatamente anterior. A farinha crua teve reajuste de 1% e foi negociada por R$ 142,00 a saca de 50 quilos. (Da Agência Estadual de Notícias)