O cultivo de mandioca no Paraná vem evoluindo, com o desenvolvimento de pesquisas na área. Desde 2007 a Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Paraná (ATIMOP) e o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) trabalham em parceria para avaliar novas cultivares, aperfeiçoar processos culturais e fazer o melhoramento genético da mandioca. O esforço é concentrado na geração de conhecimento que é levado aos produtores.
De acordo com o pesquisador Mario Takahashi, do IDR-Paraná, a cooperação entre as duas instituições também promove a união de todos que se dedicam ao estudo, fomento, cultivo e industrialização da mandioca. A ATIMOP auxilia nos trabalhos com a cultura na Estação Experimental do IDR-Paraná em Marechal Cândido Rondon, no distrito de Porto Mendes. Além disso, a Associação também mantém um funcionário que auxilia na administração e condução da área, além de cobrir o custeio e boa parte dos investimentos.
Na safra 2020/2021 a área cultivada na Estação é de 48 hectares, sendo 18,5 ha com mandioca e 29,5 ha com milho safrinha.
Outros 18 hectares são ocupados por reflorestamento. “As culturas de soja e milho entram em esquema de rotação de culturas para minimizar problemas fitossanitários”, informou Takahashi. A área de Pesquisa do IDR-Paraná atua no desenvolvimento de novas cultivares, aperfeiçoamento de processos culturais na mandioca, melhoramento genético da cultura de mandioca de mesa e de indústria. Um total de 180 novos clones estão sendo avaliados em uma área de 4.000 metros quadrados.
Takahashi informou que um experimento, já em estágio avançado, está avaliando o valor de cultivo e o uso de quatro clones cujo lançamento oficial deve ocorrer no próximo ano. Em conjunto com a UNIOESTE também estão sendo conduzidos ensaios sobre o manejo de plantas daninhas em novas variedades de mandioca. “Paralelamente são efetuadas multiplicações de clones promissores e de outras variedades, para distribuição a agricultores interessados”, explicou Takahashi. A ATIMOP, sob supervisão do IDR-Paraná, realiza a avaliação de adubos foliares, tratamento de manivas com o uso de nutrientes e enraizadores, fontes de adubos orgânicos em comparação com a adubação química e sistemas de preparo mínimo, convencional e plantio direto. Tradicionalmente a cada dois anos pesquisadores e extensionistas promovem um dia de campo voltado aos produtores. Em virtude da pandemia o evento que seria realizado este ano foi transferido para 2022. (Do Portal do IDR-Paraná)