A agroindústria brasileira de mandioca é uma das mais avançadas e desperta interesse de países produtores da raiz. Gana, por exemplo, é o maior produtor mundial de mandioca, mas a sua indústria de transformação é incipiente. A produção naquele país africano é destinada principalmente para a produção de cerveja, etanol e produtos alimentícios.
Em busca de novas tecnologias para o processamento do tubérculo, o diretor-executivo da Ghana Cassava Centre of Excellence (Centro de Excelência da Mandioca de Gana), William Agyei-Manu, esteve este mês no Brasil visitando indústrias. Ele participou da última reunião da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), que foi realizada em conjunto com os associados do Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP).
Agyei-Manu apresentou os trabalhos realizados pela entidade e não escondeu a dificuldade que o país enfrenta na industrialização do produto, de forma ainda bem obsoleta. Fez questão de frisar que Gana “é o maior produtor de mandioca do mundo, mas tem dificuldade em seu processamento”.
O ganês citou, ainda, que nos últimos cinco anos a cadeia produtiva da mandioca do seu país tem demonstrado interesse em se aproximar do Brasil em busca de novas tecnologias. Na ABAM reiterou esta disposição.
COOPERAÇÃO – Durante a reunião, realizada no último dia 5, foi assinado um tratado de cooperação entre a Ghana Cassava Centre of Excellence e o Centro Tecnológico de Mandioca (CETEM), que funciona junto ao Sindicato Rural de Paranavaí. Foi o primeiro acordo formal entre as entidades dos dois países.
Ivo Pierin Júnior representou o CETEM e os presidentes Valter de Moura Carloto (ABAM) e Guido Bankhardt (SIMP) assinaram como testemunhas.