A Comissão organizadora do XVIII Congresso Brasileiro de Mandioca definiu a programação do painel sobre a mecanização da mandioca. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Mandioca (SBM), Marcos Roberto da Silva, serão três palestras, seguida de um debate por dois especialistas. Também já foi definido o nome do moderador.
O Congresso será realizado de 29 de novembro a 1° de dezembro próximos e, pela primeira vez, será realizado através de plataformas digitais. O tema será “A Mandioca na Bioeconomia Circular e Sustentável”.
O Congresso é uma promoção da SBM, Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados (MAPA, Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP) e Sindicato Rural de Paranavaí e tem por objetivo promover o desenvolvimento da cultura da mandioca, seus derivados e afins no Brasil, incentivando o intercâmbio de informações. Serão apresentadas durante o evento as inovações tecnológicas geradas no setor agroindustrial da mandiocultura – máquinas e equipamentos industriais.
PAINEL – Segundo Marcos da Silva, o painel sobre mecanização da mandioca será realizado no dia 30, às 14 horas e o moderador será o professor Alberto Kazushi Nagaoka, da Universidade Federal de Santa Catarina. Ele tem experiência de máquinas e implementos agrícolas e atua nas áreas de manejo do solo, plantio direto, desenvolvimento de máquinas e agricultura de precisão.
A primeira palestra será sobre “Operações mecanizadas da mandioca do plantio à colheita: avanços, dificuldades e soluções”. Ela será proferida pelo professor Emerson Fey, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que atua na mecanização agrícola e projetos de máquinas para sistemas de produção sustentáveis (sistema plantio direto de mandioca) e agroecológicos. A ideia é apresentar o estado da arte relativo aos processos operacionais mecanizados para o cultivo de mandioca, desde as formas de manejo do solo para implantação de lavouras, plantio convencional e direto, manejo de plantas de cobertura no plantio convencional e direto, manejo pré e pós plantio de plantas daninhas – possibilidades de formas de controle (químico, mecânico e físico), sistemas de suporte a colheita – semimecanizada e colheita integral.
A segunda palestra será proferida pelo do engenheiro agrícola Cesar Hideo Nagumo, da empresa Velos e abordará a agricultura digital na logística e monitoramento das operações mecanizadas com aplicação para os sistemas de produção de mandioca. O propósito desta conferência é demonstrar como aproximar as ações administrativas das empresas com as suas próprias operações, de forma a entender e modificar cenários, a gerir e a interferir quando necessário e, principalmente, a tomar decisões mais assertivas e eficientes em busca de melhores resultados usando seus próprios dados para aumentar a produtividade e reduzir os custos.
Para fechar o painel, os engenheiros da gerência de desenvolvimento de produto da empresa Inroda, Bruno Gustavo e João Paulo Viscaio, apresentarão o case de desenvolvimento da empresa para a solução da colheita mecanizada, considerado o maior entrave na mecanização da cultura da mandioca com alto custo operacional, excessivo uso de mão de obra e tempo.
Após as apresentações, o painel contará com dois especialistas que debaterão os temas com os palestrantes. Serão o agrônomo Mário Takahashi, pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-IAPAR-EMATER e Fernando César Bauer, engenheiro agrônomo e professor da área de maquinas agrícolas da Universidade Federal de Santa Catarina.