Pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura realizaram em Paranavaí experimento para avaliação de diversas variedades usadas na região e as cultivares BRS 420 e BRS CS 01 antes de seus lançamentos. O resultado está sendo apresentado agora através de um novo Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento. Ele é intitulado “Comportamento de genótipos de mandioca quanto às características produtivas em diferentes épocas de colheita em Paranavaí, PR”.
O trabalho é assinado pelos agrônomos Marco Antônio Sedrez Rangel, doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes; Rudiney Ringenberg, doutor em Entomologia, Vanderlei da Silva Santos, doutor em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas); Eduardo Alano Vieira, doutor em Agronomia, e a matemática Maria Cristina Neves de Oliveira, doutora em Agronomia. Os três primeiros são da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Eduardo é da Embrapa Cerrados, Brasília, DF e a matemática é da Embrapa Soja, Londrina, PR.
Os autores do trabalho explicam no resumo do boletim que “a colheita de uma lavoura de mandioca pode demandar um longo período para ser concluída, o que pode gerar oscilações na produtividade, influenciadas, principalmente, pelo teor de amido das raízes. Com isso, podem ser afetados negativamente a renda do agricultor e o desempenho no processamento industrial. Com o objetivo de estabelecer o comportamento de seis diferentes genótipos de mandioca em função da época de colheita, foi conduzido um experimento em Paranavaí, estado do Paraná, Brasil. Foram cultivados seis genótipos, sendo quatro cultivares registradas para uso na região: duas geradas pela Embrapa (BRS CS01 e BRS 420), uma pelo IAPAR (IPR União) e uma etnovariedade (Caiuá). Também foram utilizados dois clones do programa de melhoramento genético da Embrapa, em fase final de avaliação (55-04 e 56-18)”.
De acordo com os pesquisadores, nove colheitas foram realizadas entre os 10 e os 23,5 meses após o plantio, período em que foi avaliado a produtividade de raízes, os teores de matéria seca e amido e, por cálculo, estimando-se a produtividade de amido. E foi verificado distintos comportamentos dos genótipos em função da época de colheita. As cultivares BRS CS01 e BRS 420 foram precoces, constituindo-se como alternativas viáveis para a colheita no primeiro ciclo. Os clones 55-04 e 56-18 também apresentaram bom comportamento, sobressaindo-se no segundo ciclo, com destaque para as altas produtividades de raízes e amido do clone 56-18 já a partir dos 14 meses após o plantio. Assim, os resultados obtidos com os genótipos BRS CS01, BRS 420, clone 55-04 e clone 56-18 evidenciaram características desejáveis, constituindo-se em opções interessantes para o planejamento visando bons resultados durante o período de colheita.
Confira o comportamento delas no Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 119, que pode ser baixado gratuitamente clicando aqui.