Uma variedade de mandioca tolerante a herbicida a ser desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Este é um dos principais assuntos que será discutido na reunião dos diretores e associação da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), que será realizada nesta quinta-feira (31), no Hotel Deville, em Maringá.
O tema é uma continuidade da discussão iniciada no começo do ano durante uma reunião da entidade com o chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Francisco Ferraz Laranjeira Barbosa. Na ocasião, os industriais – muito deles também produtor de mandioca – reclamaram da dificuldade em encontrar mão de obra para trabalhar nas lavouras de mandioca e que a solução seria o desenvolvimento de uma variedade que permitisse o uso de herbicida, acabando com a capina manual. A capina e a colheita são os procedimentos que mais usam mão de obra. Mas a mecanização da colheita já está se tornando uma realidade.
Na ocasião, Laranjeira assumiu o compromisso de fazer um estudo para ver a possibilidade de desenvolver esta variedade e apresentar uma proposta de pesquisa para esta finalidade. Ele já adiantou que um trabalho deste nível leva anos até sua conclusão. Na reunião desta quinta a proposta será apresentada a ABAM pelo chefe-adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação da Embrapa Mandioca, o pesquisador Eduardo Chumbinho de Andrade.
PERSPECTIVA – Antes da discussão sobre o desenvolvimento da nova variedade, o economista Fabio Isaias Felipe, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-ESALQ/USP), vai apresentar um panorama do quadro atual da cadeia produtiva de mandioca e as perspectivas para 2024. O Cepea faz o acompanhamento de preços da raiz, fécula e farinha, área plantada, área colhida, estoques, destino da comercialização etc.
Os associados ainda vão discutir o mercado atual da raiz e da fécula. A reunião começa às 19 horas.