Previsto inicialmente para ser apresentado na reunião de agosto, mas adiado, o estudo que levantou o índice de perdas da colheita de mandioca Maná será apresentado na reunião da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), que será realizada nesta sexta-feira, dia 28, através de videoconferência. A avaliação foi feita pelo professor Emerson Fey, da Unioeste, que fará a apresentação.
Lançada no início deste ano pela indústria Inroda, a colheitadeira tem agradado os produtores pelo seu desempenho, embora reconheçam que terão que adaptar sua lavoura ao equipamento. Também é certo que a máquina não recolhe 100% das raízes, índice que nem a colheita manual consegue atingir. Mas, afinal, qual o índice de perda da colheitadeira Maná? Esta resposta será dada no encontro da ABAM.
Especialista em mecanização agrícola e projetos de máquinas para sistemas de produção sustentáveis, Fey realizou a avaliação da máquina em julho deste ano durante Dia de Campo realizado em Marechal Cândido Rondon pelo IDR e a Associação Técnico Industrial de Mandioca (Atimop). Foram avaliadas as perdas visíveis (recuperáveis) e invisíveis (não recuperáveis).
Na sua apresentação, o professor vai fazer uma comparação da Maná com uma colheitadeira semimecanizada e um protótipo que não avançou.
Se seguir a mesma linha de uma apresentação que fez à Sociedade Brasileira de Mandioca (SBM), ele vai lançar alguns questionamentos aos industriais, tais como qual o índice de perda que é aceitável? Quais as perdas que ocorrem atualmente no campo, com as colheitas manuais ou semimecanizada? E “perdas de 5, 10 ou 15% são aceitáveis?”. Estima-se que as perdas na colheita manual sejam em torno de 10%. São raízes que ficam “escondidas” no solo.
O professor Emerson Fey é o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) criado no âmbito da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados, que funciona junto ao Ministério da Agricultura para desenvolver e avaliar projetos de uma colheitadeira para o setor. Com o lançamento da Maná, agora trabalha na avaliação do equipamento e possíveis melhorias no mesmo.