A demanda industrial por mandioca passou a dar sinais de melhora nos últimos dias, após as expressivas reduções nos meses de março e abril. Na indústria de farinha, especificamente, o aumento da procura é resultado da melhora na comercialização, enquanto nas fecularias, esse movimento está atrelado à estratégia de formação de estoques, por conta de uma expectativa de retomada das vendas.
Segundo a pesquisa feita pelo CEPEA, ainda não se observou nenhum tipo de disputa pela matéria-prima entre as firmas, mas o fato de algumas se abastecerem em áreas mais distantes é um sinal de interesse na retomada do processamento. O CEPEA é o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada do Departamento der Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).
Na semana passada, de 18 a 22 de maio, o CEPEA estima que a quantidade de raízes processadas pelas fecularias tenha sido de 37,9 mil toneladas, 4,7% abaixo do que se apurou na semana anterior. A ociosidade pouco se alterou na indústria de fécula, ficando com média semanal de 56,4% da capacidade instalada.
Quanto aos preços da raiz, voltaram a subir na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro, visto que a oferta permaneceu abaixo das expectativas de agricultores – foram baixos os volumes de chuvas na maioria das regiões acompanhadas pela instituição ao longo da última semana, o que limitou o avanço dos trabalhos no campo.
Assim, a média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia, subiu 0,8% entre as duas últimas semanas, para R$ 313,23 (R$ 0,5447 por grama de amido) entre 18 e 22 de maio. (Fonte: CEPEA)