A Inroda, que lançou em fevereiro do ano passado a colheitadeira de mandioca Maná, ampliou sua capacidade de produção, passando de uma para três máquinas por mês. Além disso, a indústria adicionou na esteira que arranca a mandioca uma “garra” que aumenta a eficiência do equipamento. Segundo Bruno Gustavo da Silva, da Inroda, com esta inovação as perdas por não colher a raiz, caiu da média de 6% a 8% para 3% a 4%.
As informações foram dadas pelo representante da empresa na reunião conjunta da Associação Brasileiras dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) e Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP), realizada na manhã desta sexta-feira (31) por videoconferência.
Outra novidade, por enquanto opcional por ainda estar em fase de validação, é uma válvula de reversão, dispositivo que permite, em caso de “embuchamento” da máquina por ervas daninhas, reverter o sistema e “cuspir” o que está travando a máquina.
Silva chamou a atenção também para o fato que máquinas têm sido adquiridas por fecularias, que fazem o arranquio para os produtores. Uma das razões é a dificuldade de financiamento agrícola para aquisição das colheitadeiras. Atualmente a indústria está com sete unidades à disposição de produtores que estão aguardando a liberação de financiamento.
LAVOURA PREPARADA – No encontro foi levantada a necessidade de as lavouras estarem adequadas para a colheita mecanizada, especialmente livre de ervas daninhas. Para os associados da ABAM e SIMP esta realidade reforça a necessidade de agilizar o processo de desenvolvimento de variedades mais resistentes aos herbicidas.
Diego Brum de Brum Kasburg de Souza, da Terrafec, de Santa Isabel do Ivaí, adquiriu uma colheitadeira e está prestando serviço aos seus parceiros. Ele confirmou que as lavouras de mandioca ainda não estão preparadas para a colheita mecanizada. Mas ainda assim enfatizou que é vantajoso. “Na colheita mecanizada precisamos de 3 a 4 trabalhadores e ainda assim há a dificuldade de encontrar mão-de-obra”, lembrou ele.
Ele revelou que estava fazendo a colheita numa propriedade e o produtor achou que não estava valendo a pena. Desistiu da colheita mecanizada e voltou para a manual. “Dois dias depois estava implorando para voltar na propriedade com a colheitadeira”, contou.