Você se lembra da declaração célebre da ex-presidente Dilma Rousseff enaltecendo as qualidades da mandioca? Ela estava certa. Mais do que nunca, esse alimento é valorizado por médicos, nutricionistas e esportistas pelo mundo.
“Hoje, eu tô saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil”, disse Dilma no idos de 2015, na abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Ela se referia à origem nacional dessa delícia. Hoje, o Brasil é responsável por 10% da produção mundial, sendo o segundo maior do mundo.
Para a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) –que alçou a mandioca de “alimento dos pobres” a “alimento do século 21”, a produção do vegetal deveria ser aumentada em até 400%. A planta tem esse potencial por ser resistente e estar nas mesas de mais de 700 milhões de pessoas em mais de cem países.
NUTRIÇÃO E ENERGIA – A Manihot esculenta, também conhecida como macaxeira ou aipim, é rica em carboidratos, mas também guarda 25% de proteínas em suas folhas. É, ainda, fonte de ferro, cálcio, vitaminas A e C e amido. Seu consumo, portanto, garante energia de sobra e, também, calorias para as atividades físicas ou para quem não tem tantas fontes de alimentos disponíveis.
Podem ser usados como alimento as hastes e as folhas. Além de altamente proteicas, as folhas de mandioca são ricas em vitaminas e minerais. A maniçoba (comida típica paraense e baiana), por exemplo, é feita com as folhas cozidas. Há, ainda, o farelo de folha, que serve como suplemento alimentar para crianças.
MANDIOCA É VENENOSA? – Dependendo da quantidade de glicosídeo, a mandioca pode ser considerada brava (tóxica), devendo ser usada somente para fins industriais. Já as mansas ou doces são as indicadas para cozinhar ou fritar. Também podem ser minimamente processadas, refrigeradas, congeladas, pré-cozidas ou transformadas em “chips” – sem esquecermos, claro, das apetitosas tapiocas.
Cerca de 80% de sua produção, no entanto, vira farinha. A fécula de mandioca corresponde a aproximadamente 3% do que é produzido. O item ainda alimenta muitos animais nos campos.
Assim, é possível entender por que a FAO aposta tanto na mandioca, citando seu poder de gerar “rendimentos mais altos, aliviar a fome e pobreza rural e contribuir para o desenvolvimento econômico nacional”.
“O ‘alimento dos pobres’ tornou-se uma cultura polivalente que responde às prioridades dos países em desenvolvimento, às tendências da economia global e ao desafio da mudança climática”, finaliza o órgão da ONU. Fontes: Embrapa, FAO e ONU News (Do portal Catraca Livre)