Prato popular na mesa dos amazonenses, a farinha de mandioca ganhou uma nova roupagem desde que o professor e empresário Jhony Azevedo desenvolveu formas de adaptar o prato para celíacos e atletas.
Utilizando cinco novas receitas, Jhony cria as farinhas destinadas a quem tem restrições alimentares. O sucesso foi tanto que as vendas já atingem escala nacional.
Entre as produções feitas pela empresa de Jhony estão as farinhas ovinha-magra enriquecida com farinha de maracujá, Uarini-ovinha com cúrcuma, Uarini-ovinha protein, enriquecida com hidrolisado proteico de peixe, Uarini-castanha, rica em selênio, e farinha de rosca sem glúten. Todas já são entregues prontas para consumo.
O professor já vem trabalhando no projeto desde 2019. Para isso, ele também contou com a ajuda de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), tanto na orientação de pesquisas laboratoriais, como também no desenvolvimento das tecnologias para produzir as farinhas orgânicas e até na escolha dos ingredientes e suas finalidades.
“Pensamos na farinha de maracujá, que ajuda pessoas que têm artrite e artrose. Tem a cúrcuma, que é um produto anti-inflamatório e antioxidante. A gente estudou cada ingrediente e fez de uma forma que a farinha não perca sua essência”, revela o professor.
O projeto de Jhony é apoiado por um programa estadual chamado Centelha I, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que faz o acompanhamento e orientação de todo o processo. Através desse programa, o projeto entrou em fase de execução em junho de 2020.
O acompanhamento acontece desde o plantio sustentável da mandioca no município de Uarini (a 565 quilômetros de Manaus), até a exposição do produto em feiras gastronômicas em outros estados.
Com a proposta de alcançar mais pessoas, a empresa de Jhony também funciona no formato e-commerce, com vendas pela internet.
“Como eu sempre digo, muita gente não conhece Uarini como município, e o meu maior objetivo, onde eu quero chegar, é na valorização dos agricultores. Que a gente possa ter um preço justo para as pessoas que fazem farinha lá, que tenha identificação da nossa região geográfica, ter esses locais como referência”, conclui. (Do G1 Amazonas)