A produção de mandioca no Paraná em 2022 está prejudicada pela seca e pela alta no preço de insumos. De acordo com produtores, esses fatores podem causar redução na área de plantio e na quantidade produzida da raiz.
“O principal fator foi a estiagem, principalmente na fase de germinação da mandioca. Geada, também, que esse ano teve um inverno mais rigoroso. Algum lugar localizado teve chuva de granizo, que é o maior inimigo climático da mandioca”, lembra o agricultor Flávio Felicer, que cultiva mandioca há 32 anos.
Além de fatores climáticos, os econômicos também preocupam os produtores. Os insumos estão mais caros, pois o preço varia de acordo com o dólar, que está em alta em relação ao real. Na produção de mandioca, a mão de obra é manual, o que também eleva o custo.
Apesar do aumento nas despesas, o preço médio pago pela tonelada da mandioca teve alta de 52% no último ano, de R$ 416 para R$ 633.
A produção de mandioca no noroeste do Paraná representa 60% do total cultivado no estado, conforme a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab).
Depois que sai da terra, a mandioca vai para a indústria, onde é transformada em fécula – matéria-prima de diversos produtos.
A saca de vinte e cinco quilos de fécula foi de R$ 67 para R$ 86 no último ano, acompanhando o aumento do valor da mandioca.
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