Devido às recentes altas nos preços, produtores têm demonstrado baixo interesse em comercializar as poucas áreas de mandioca disponíveis. Além disso, segundo informações coletadas pelo CEPEA, o menor teor de amido nas raízes também é motivo de retração dos mandiocultores.
Ao mesmo tempo, fecularias e farinheiras têm aumentado o interesse na industrialização da matéria-prima, elevando a disputa pelo produto.
Nesse cenário, de acordo com dados do CEPEA, os preços continuam em alta em todas as regiões. A média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia subiu 6,8% na semana passada, a R$ 659,52 (R$ 1,1470 por grama de amido), a maior em quatro anos, em termos nominais.
As indústrias de mandioca do Paraná abrem esta semana sem um preço definido para a raiz. “Não dá para prever o que os produtores vão pedir”, disseram vários industriais em reunião do Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP) na última sexta-feira. A oferta no Estado tem reagido, mas de forma tímida e desde que a indústria se disponibilize a pagar o que o produtor pede, já que a disputa por matéria-prima ainda é grande.
Considerando o mercado como “tumultuado”, as indústrias preveem que a elevação nos preços da raiz só vai parar em janeiro, quando a renda (quantidade de amido na mandioca) deve aumentar. Atualmente a renda está bem baixa. As indústrias remuneram os produtores com base no grama de amido, mas estes calculam o recebimento por tonelada. (Fonte: CEPEA e SIMP)