A Sociedade Brasileira de Mandioca (SMB), que promove, a cada dois anos, o Congresso Brasileiro de Mandioca, deve realizar a próxima edição em novembro deste ano. O evento deveria ser realizado no ano passado, mas foi adiado devido a pandemia do coronavírus Covid-19.
A informação é do presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca e Derivados, Osvaldo Zanqueta, e foi tomada durante a última reunião da entidade nesta terça-feira, dia 23. A SBM tem assento na Câmara, que funciona junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A Sociedade tem um foco mais científico do setor e o Congresso é mais voltado para a academia. É o evento técnico mais importante da cadeia produtiva. O último foi realizado em 2018, em Belém.
Mas este ano, o evento será virtual em consequência da pandemia. Ainda que a população esteja vacinada em novembro não há mais tempo hábil para organizar todo o evento, já que o país ainda tem a necessidade de manter o distanciamento social e outras medidas para conter a disseminação do Sars-Cov-2, o novo coronavírus, dificultando a estruturação do evento.
Para começar a detalhar o futuro Congresso, a Câmara Setorial realiza no próximo dia 9 uma nova reunião com entidades ligadas diretamente com a organização do evento, como as instituições de pesquisa.
PREÇO MÍNIMO – Outro tema discutido na última reunião da Câmara e que voltará a ser debatido no próximo dia 9 é a atualização do preço mínimo da mandioca, atualmente em torno de R$ 230,00, abaixo do custo de produção, segundo Zanqueta. “A ideia é fazer um levantamento detalhado, respeitando as diferenças regionais para que a tabela do preço mínimo represente a realidade. A equipe técnica da Conab vai encabeçar o estudo, a Câmara Setorial e o CEPEA vão acompanhar. Depois a tabela seguirá para o Ministério da Agricultura que apresentará a proposta a ser validada pelo Ministério da Economia. Este preço tem que representar a realidade. Está muito desatualizado”, diz presidente da Câmara.
Outro tema que fez parte da pauta da reunião foi a colhedeira de mandioca. A Câmara instituiu um Grupo de Trabalho (GT) para dar encaminhamento ao assunto. O coordenador do GT, Emerson Fey, fez um relato das atividades desenvolvidas até agora e a necessidade de investimentos. Para este ano, a necessidade é pequena e será rateada entre a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (ABAM), Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP) e Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Oeste do Paraná (ATIMOP). “Estamos satisfeitos com os trabalhos do GT, porque o assunto está avançando”, comentou Zanqueta.
Técnicos do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste também participaram do encontro da Câmara. O tema debatido foi a ampliação dos valores de custeio por hectare de mandioca na Bahia. “Este assunto também ficou bem encaminhado”, garantiu o presidente.
EXPORTAÇÃO – Nesta quinta-feira, dia 25, Zanqueta também comentou o encontro entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com os presidentes das câmaras setoriais, realizada no começo do mês, também por videoconferência. De acordo com o presidente, o assunto mais importante foi a garantia dada pela ministra de que o MAPA continuará auxiliando o setor na busca de mercado no exterior.
“A ministra Tereza Cristina garantiu que continuará apoiando as iniciativas para que cresça a exportação de fécula e derivados de mandioca, como a farinha de panificação. Os adidos comerciais das embaixadas brasileiras continuarão a prospectar novos mercados e colocarão nossas empresas em contato direto com os interessados no nosso produto”, comemorou Zanqueta.